Tal como já referi imensas vezes, viver em Londres é uma loucura! Os dias passam sem que te apercebas que, afinal, eles se tornaram em semanas. Há sempre coisas a acontecer e para fazer e para viver que te esqueces completamente que o tempo voa a uma velocidade quase impossível de agarrar.
Fui a Portugal no passado fim-de-semana para celebrar o 18º aniversário do meu irmão. Porra, ele cresceu tanto! Ainda ontem era um miúdo de 1,50m com voz esganiçada e corria atrás de grilos no jardim e hoje é um homem de barba rija, que pousa o braço na minha cabeça e me levanta no ar com uma facilidade inacreditável. Tornou-se, também, muito mais que um rapaz grande; tornou-se num ser humano incrível e do qual tenho muito orgulho. Ia jurar que ainda na semana passada jogávamos aos tazos e víamos a cassete do Rei Leão pela milionésima vez; que fazíamos bolos de lama e eu lhe enfiava colheres de brufen pela garganta abaixo.
Quando me diziam que o tempo passava a correr, eu encolhia os ombros e desejava que passasse ainda mais rápido. Hoje, só quero congelar o tempo para poder aproveitar cada momento durante mais dois segundos.
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